quarta-feira, 16 de julho de 2025

Transporte Escolar em Almino Afonso-RN é um risco diário para estudantes


Em pleno século XXI, estudantes da zona rural do município de Almino Afonso-RN continuam enfrentando uma dura realidade, ou seja, o transporte escolar segue sendo feito em veículos com condições precárias. A situação, que já se arrasta há anos, não só persiste, como piora a cada dia.

Os veículos, principalmente os ônibus escolares (amarelinhos), são utilizados para transportar alunos até as escolas da sede do município e, também, até para instituições em outras cidades. Eles trafegam por estradas estaduais e federais, muitas vezes, com pneus carecas, ausência de cintos de segurança, vidros quebrados e na maioria das vezes superlotados. Um verdadeiro cenário de risco, pois não há segurança para os que dependem desse serviço para estudar.

Como esses transportes também circulam por rodovias federais e estaduais, cabe à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-RN), respectivamente, atuarem com mais firmeza. A ausência de blitz específicas para esses veículos agrava o problema. “Essas fiscalizações só funcionam mesmo para automóveis particulares. Os transportes escolares passam despercebidos”, relata um agricultor que preferiu não se identificar.

Não adianta cobrar apenas das autoridades locais, que demonstram pouco ou nenhum interesse em resolver a situação. Segundo relatos, pedidos feitos por pais, responsáveis, professores e até motoristas não têm surtido efeito prático. O sentimento de abandono é comum, principalmente, entre os moradores da zona rural.

Diante desse descaso, cresce o entendimento de que a solução pode vir por vias judiciais. Vereadores, responsáveis pelos estudantes e até os próprios alunos maiores de idade podem acionar o Ministério Público para exigir uma inspeção rigorosa e imediata nos veículos. A inspeção deve ser feita onde os veículos estão, e não apenas em blitzes programadas.

A educação é um direito. E com ela, vem o dever de garantir que o caminho até a escola seja feito com segurança e dignidade. É tempo de prevenir antes que o pior aconteça. O silêncio das autoridades pode custar vidas. E quem se omite diante do problema, também é responsável por suas consequências.