Quem foi esse arcanjo,
Que um dia caiu do céu?
Que veio do ventre materno,
De ser um Estadista, eterno,
Com certeza um menestrel?
*Quem era aquele menino,
Filho de um bom agricultor?
Órfão, muito pequenenino;
Sem brinquedos de valor;
Para a gente um ser divino,
Cujo genoma advém da flor.
*De onde veio esse paladino,
De qual país, de qual lugar?
Qual a origem de seu nome,
Veio essa figura tão ímpar?
Das bromélias seu renome,
E das misturas do Coroatá.
*De onde veio esse homem,
De qual planeta celestial?
Parece-me um ser lendário,
Desses filmes de faroestes;
Foi um idealista solidário,
Um heroi do velho Oeste.
*Quem era esse selvagem,
De uma postura exemplar?
De uma espiritualidade nata,
Que o tempo não vai apagar;
Mestre, lider, um autodidata,
Que ninguém pode olvidar.
*Quem foi esse profeta,
Esse arquiteto da paz?
Esse consagrado jurista,
Esse político tão capaz;
De dominar os vis racistas,
Há mais de 100 anos atrás.
*Quem foi esse deputado,
Esse esplêndido escritor?
Que foi indicado presidente,
Que foi um grande senador;
Que foi um orador eloquente,
Ainda criança, um professor.
*Quem foi esse Poeta,
Enamorado de sua terra?
Esse cultor dos clássicos,
Esse águia dessas serras;
Na verdade foi um astro,
Que por nada se descerra.
*Quem foi esse político,
Tão romântico e teatral?
Promotor das minorias,
Um ser correto e racional;
Defensor da democracia,
Humilde e sentimental.
*Quem foi esse jornalista,
Esse amante da liberdade?
Perseguido por gente ruim;
Por defender a sociedade,
Se há dúvidas e coisa assim,
Se informe aqui por caridade.
*Esse moço não foi Jesuino,
Nem o Virgulino Lampião;
Quem sabe foi um apóstolo,
Ou um Messias porque não;
Foi o Semi Deus da palavra,
Nosso Arauto da Abolição.
*Quem foi ELE realmente,
O Estadista dos Affonsos?
Um homem que fez história,
Falar dele, eu não me canso;
Esse gênio! sei, chamava-se:
ALMINO ÁLVARES AFFONSO.
Lair Zomar, poeta dos Carvoeiros