segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A COR DA MORTE

Vejo a morte do azul francês
tomar conta de seus rostos
me solidarizo como raça humana
que a morte em todo canto existe
existe de todas as formas
morte matada, morte deitada
a morte traiçoeira é a que mais dói
mas a morte lenta africana e nordestina
também nos assusta demais
nos faz sofrer cotidianamente                     
mas essa de cor azul francês
e de cores aliadas também
se consideram acima de nós
se acham uma raça superior
nos desdém por sermos mais pobres
o seu cobre é seu Deus
agora na hora triste só devemos lamentar
mas jamais ajoelharmos aos pés do orgulho azul
Deus é pai de todos 
e até de quem se sente raça superior
não vou me vestir de azul
por quem explorou terras e minério
por quem só plantou orgulho no coração
por ter arrancado das nações humildes
a vida, o suor, a dor o sofrer e a morte
não tenho orgulho e desejo 
que Deus conforte as famílias azuis

Prof Geilson Carlos (foto)