sábado, 18 de julho de 2015

Almino Afonso/RN: A quem interessar possa...

Essa era a casa do agente, 
Do agente da estação. 
Parece que não é uma casa, 
Até parece sombras fantasmas,
Desafiando a solidão... 
Era a casa de João de Paiva,
Agente da estação, 
Esposo de Amélia chaves,
Nossa parteira mais que curiosa, 
Uma figura linda e caridosa, 
Uma mulher digna e de coração. 
Trouxe muita gente ao mundo, 
Através de suas ecléticas mãos. 
Inclusive eu, faço parte com orgulho, 
Dessa lista porque não? 
Quando criança, ficava horas a fio, 
Olhando ela fazendo rendas,
Numa habilidade tremenda, 
Que os bilros davam risadas... 
E daquelas almofadas saiam,
Rendas, prendas bem trabalhadas.
Por essa casa passaram agentes,
Que me recordo lucidamente de :
Zé nilson, vanderlaan, rosalio, 
Manuel Félix e outros também... 
Nessa casa, meus sonhos de criança,
Repousam até hoje em seus quintais,
Coisas dos tempos de criança,
Que eu não esqueço jamais... 
O que resta? Somente lembranças 
E a danada dessa saudade.
Mas ainda há tempo de salva-lá,
Por favor, por caridade.

Poeta Lair Zomar (Lair de Miguel Silva)