domingo, 18 de janeiro de 2015

PROVOCAÇÃO SEM NECESSIDADE


A cultura religiosa dos muçulmanos é pautada no profeta Maomé como ser maior e nada é mais importante para eles do que o seu Deus que acreditam ser o salvador de todos, inclusive após a morte. Esse pensamento é cultuado por gerações que seguem à risca tudo que seus pastores ou líderes religiosos que são conhecedores do alcorão e passam de geração em geração. Tentar mudar essa crença ou interferir em algo que atinja o profeta Maomé é "brincar com fogo", pois eles estão dispostos a morrerem para defenderem o que acreditam, mesmo que isso custe a vida de muitos.
Entender toda essa idolatria ou crença não é uma coisa fácil, até porque existe em muitos casos, por trás de tudo isso, fortes indícios de manobras políticas em função de interesses econômicos que contribuem para disseminar o ódio entre oriente e ocidente e assim acirrar ainda mais os ânimos.
Por isso, essas chagies expostas pelo jornal francês "Charlie Hebdo" em forma de chacota para com o profeta Maomé e consequentemente para com os muçulmanos só ajudam intensificar a cultura do ódio, transformando uma "brincadeira de mau gosto" em uma provável guerra. Isso porque essas provocações são inadmissíveis porque atinge em cheio a cultura do islamismo radical que não aceita esse tipo de coisa e ainda por cima tem os seus líderes incentivando aos seus fiéis a "defenderem" Maomé a todo custo, matando, se matando sem nenhum remorso ou pena de alguém. 
Portanto, o jornal francês "Charlie Hebdo" está brincando com coisa séria, mexendo com um formigueiro capaz de ir às últimas consequências para defenderem aquilo que creem e acreditam mesmo que sejam chamados de radicais e terroristas. Esse tipo de sátira só alimenta uma lacuna de ódio entre o oriente e o ocidente pregado por alguns líderes que se aproveitam da fé para formar exércitos capazes de qualquer coisa para defender "Maomé". Está mais do que na hora desse jornal entender que isso só está complicando ainda mais a situação, mesmo não justificando a ação que culminou com a morte de 17 pessoas ocasionadas pelo ódio e revanchismo de uma "chargie de mau gosto" que poderia ter sido evitada. O certo é que isso não é e nunca será liberdade de expressão.

Alvanilson Carlos - Diretor Administrativo do Jornal O Mossoroense.