Procurado para se pronunciar sobre um fato
grave flagrado pelo Correio na Câmara dos Deputados — a contratação de
falsos militantes para influir na votação de projeto que amplia a
jornada de trabalho dos caminhoneiros —, o presidente da Casa, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), não respondeu às ligações. O corregedor, Átila
Lins (PSD-AM), também não. Único a atender, o presidente do Conselho de
Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que o colegiado só pode investigar
se houver representação. Líder do PSol, Ivan Valente (SP) anunciou que
pedirá a apuração da fraude. "Desconfiávamos de que havia uma plateia
comprada”, disse Valente. “Como um projeto contrário às leis
trabalhistas poderia ter um apoio tão grande?”
Funcionária que distribuiu dinheiro à claque e o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Ouvidor da Câmara, ele tem como dever zelar pelo interesse dos cidadãos. Fez o oposto. Após o flagrante, assumiu a fraude, perdeu a compostura e xingou o repórter do Correio.
Funcionária que distribuiu dinheiro à claque e o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Ouvidor da Câmara, ele tem como dever zelar pelo interesse dos cidadãos. Fez o oposto. Após o flagrante, assumiu a fraude, perdeu a compostura e xingou o repórter do Correio.