Atingido na cabeça por um rojão, o
cinegrafista Santiago Andrade (foto) não resistiu. Foi a primeira morte em
confronto direto entre black blocs e a polícia nos protestos de rua que
começaram em junho do ano passado – outras ocorreram por razões
indiretas, como quedas de viaduto ou atropelamentos. A polícia já tem o
nome do lançador do foguete, que não havia se entregado. Outro envolvido
na agressão foi preso. A presidente Dilma condenou a violência nas
manifestações e mandou a Polícia Federal entrar nas investigações. Com a
morte de Santiago, perde a democracia, perde o país, perdemos todos
nós. Gritar contra opressão e injustiça é direito sagrado. Mas sem nunca
perder o respeito à vida humana e à sociedade.