sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Chega de racismo

 

O Cruzeiro enfrenta o Real Garcilaso, no Peru. Vinte minutos do segundo tempo. Tinga (foto) entra em campo. Nas arquibancadas, torcedores começam a insultar o jogador brasileiro, imitando sons e gestos de macaco. A atitude racista, na noite de quarta-feira, provocou uma onda de indignação mundo afora. Da presidente Dilma ao dirigente máximo da Fifa, passando por atletas famosos, todos repudiaram o preconceito. “Incrível como isso ainda existe no futebol”, protestou Ronaldinho Gaúcho, ídolo do Atlético-MG, maior rival do Cruzeiro. “#TamoJuntoTinga”, postou Neymar em rede social. O repúdio foi tão grande que pode até levar a Conmebol, organizadora da Libertadores, a uma punição inédita: a eliminação do time peruano do torneio. Sede da Copa de 2014, o Brasil estuda medidas para coibir atos como esse no Mundial. Mas, aqui, apesar de o racismo ser um crime inafiançável, reina a impunidade. Não há ninguém preso no país por ter cometido esse tipo de delito, superesportes.