quarta-feira, 3 de julho de 2013

Renunciar ao mandato é pouco

Pois é! estamos vivendo mais um momento histórico no nosso país. O povo, alimentado pela indignação provocada pelas péssimas qualidades dos serviços públicos (saúde, segurança, educação, transporte urbano - mobilidade) oferecidos pelas autoridades políticas, saiu as ruas para protestar.

Achando que o povo adormeceu, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), foi flagrado usando um avião da FAB para interesse particular (matéria do Jornal a Folha de São Paulo abaixo).

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN/FOTO), usou um avião da Força Aérea Brasileira para levar a noiva, parentes dela, enteados e um filho ao jogo da seleção no Maracanã no domingo. Um jato C-99 da FAB foi buscar a turma em Natal, terra do deputado. Decolou às 19h30 de sexta-feira rumo ao Rio de Janeiro e retornou no domingo, às 23h, após o jogo.


Ao pedir o avião, Alves informou que 14 passageiros poderiam viajar. Pegaram carona com o deputado sete pessoas: sua noiva, Laurita Arruda, dois filhos e um irmão dela, o publicitário Arturo Arruda, com a mulher Larissa, além de um filho do presidente da Câmara. Um amigo de Arturo entrou no voo de volta.
Todos aproveitaram para passear no Rio no sábado e, no dia seguinte, foram à final da Copa das Confederações, vencida pelo Brasil.

O deputado e seus convidados usaram cadeiras destinadas a torcedores, e não às autoridades. Eles postaram fotos em redes sociais de dentro do estádio. No Twitter, Alves comemorou: "BRASIL, seleção nota 10! E a torcida tb, nota 10! O campeão voltou!!"

Sua noiva também: "O campeão voltou... Rouquidão de hoje compensada".

Se tivessem que pagar pela viagem de Natal ao Rio, ida e volta, cada passageiro gastaria pelo menos R$ 1,5 mil.

O decreto 4244/2002, que disciplina o uso de aviões da FAB por autoridades, diz que os jatos podem ser requisitados quando houver "motivo de segurança e emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de residência permanente".

O decreto não diz quem pode ou não viajar acompanhando as autoridades.

Não constava na agenda de Alves, divulgada no site da Câmara, nenhum compromisso oficial no fim de semana. Ele disse, por meio da assessoria, que "solicitou" o avião porque tinha encontro com o prefeito Eduardo Paes (PMDB), no sábado.

"Como havia disponibilidade de espaço na aeronave, familiares acompanharam o presidente em seu deslocamento", disse. A reunião não foi informada pela Câmara.

A assessoria de Paes enviou à Folha a agenda oficial dele no sábado. Não há menção a Alves. Os dois almoçaram num restaurante, junto com Aécio Neves (PSDB-MG).

Folha

É pertinente, portanto, neste momento, sairmos as ruas novamente e pedir a cassação desse deputado. Com a palavra vocês do "Facebook".