Em visita ao Hospital São Francisco, no
Rio, o papa atacou os projetos de liberação das drogas na América Latina
e definiu os traficantes como “mercadores da morte”. “Não é deixando
livre o uso de drogas, como se discute em várias partes da América
Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da
dependência química”, declarou. Países como o Uruguai já
descriminalizaram o consumo de maconha. Outros avaliam propostas
similares. Para Francisco, a solução não vem de liberar o uso, mas de
estratégia para “enfrentar os problemas que estão na raiz do uso das
drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores
que constroem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e
dando esperança ao futuro”. Apesar dos gestos novos, Francisco deu
indicações de que não está disposto a mudar posições tradicionais da
Igreja. Em Aparecida, onde celebrou missa, ele criticou a idolatria de
“poder, dinheiro, sucesso e o prazer”, recomendando aos fiéis “conservar
a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver na alegria”.