sexta-feira, 28 de junho de 2013

Transparência e cidadania no combate à corrupção



 
“É importante que os senhores percebam o momento que vive o país, com várias manifestações nas ruas, milhares de pessoas reivindicando seus direitos, lutando por reformas nas áreas administrativas e política, em defesa da cidadania e no combate à corrupção. Este é o momento ideal para a aplicabilidade de leis como a de acesso à informação e implementação dos portais da transparência”.

Em síntese, estas foram às palavras do conselheiro vice-presidente do TCE, Thompson Fernandes (foto), na abertura do painel “Acesso a lei de Informação e Portais da Transparência”, que encerrou o seminário “Práticas de uma Gestão Municipal Responsável”, na tarde de quinta-feira, 27/06, no auditório da Escola do Governo. “É dever do poder público prestar informação e direito do cidadão ser bem informado, numa linguagem clara e acessível”, enfatizou, dando uma verdadeira aula sobre a Lei de n° 12.527, seus objetivos, formas e prazos de disseminação.

 

A representante da Controladoria Geral da União – CGU, Viviane Antunes, lembrou que o processo ser regulamentado em todos os municípios, e para isso a CGU tem orientado os gestores para o correto cumprimento da legislação, através do projeto “Brasil Transparente”. O representante do Tribunal de Contas da União – TCU, Cleber Menezes da Silva, mostrou a funcionalidade do portal do TCU, explicando como as pessoas podem ter acesso as mais diversas informações municipais, inclusive solicitando dados em meio eletrônico, sem a necessidade de uma justificativa.

Entre outras determinações, lembrou que a partir da vigência da Lei, a disponibilização da informação virou regra e o sigilo exceção. “A informação de interesse público deve ser disseminada, sem a necessidade de provocação”, disse, ressaltando que, para isso, deve se utilizar da tecnologia de informação. Para o Conselheiro, o governo deve estimular uma política pública de fomento ao desenvolvimento de uma cultura de transparência, assim como estimular o exercício do controle social na administração pública.


Finalizando o painel, o procurador geral do Ministério Público junto ao TCE/RN, Luciano Ramos, lembrou que o primordial é estimular e fortalecer o controle social. “Há de ser investigativo, propositivo”, defendeu, enfatizando que “o setor público tem que honrar a integridade da informação”.