Se fosse possível resumir em uma
denominação as siglas partidárias brasileiras, um bom nome seria Partido
da Família S/A. Nos 30 registrados no Tribunal Superior Eleitoral, há
pelo menos 150 parentes de políticos em cargos de direção, revela Chico
de Gois. São cônjuges, irmãos, tios e primos muitas vezes remunerados
para fazer negociações políticas e financeiras. Os ganhos incluem de
salário a consultorias que o dirigente dá ao partido que comanda — tudo
legalmente pago com o dinheiro público do fundo partidário. No PTC,
cinco dos 14 membros da Executiva tem o sobrenome Tourinho.