A epidemia de crack está afetando não apenas a população extremamente
pobre, alvo mais comum de ações de internação compulsória no Rio e em
São Paulo. Dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)
mostram que o consumo da droga e de cocaína atinge cada vez mais
trabalhadores formais. Prova disso é que o volume de auxílios-doença
pagos por causa do uso dessas substâncias psicoativas aumentou 216%
entre 2006 e 2012, chegando a 31 mil benefícios, revela GUSTAVO URIBE.
São pessoas como o advogado Maurício Bitencourte, 40 anos e pós-graduado
em direito do trabalho, que perdeu o emprego por uso de cocaína e
começou a consumir crack. Para especialistas, o aumento coincide com a
expansão dessa droga no país. No mesmo período, os auxílios concedidos
por causa do abuso de álcool ficaram estáveis, em tomo de 14 mil.