O Ministério Público do Rio Grande do Sul
abriu inquérito para apurar se houve falhas e omissões da prefeitura de
Santa Maria e do Corpo de Bombeiros na fiscalização da boate Kiss, onde
ocorreu, na madrugada de domingo, o incêndio que já matou 235 jovens. O
delegado Marcelo Arigony disse que a boate apresentava uma série de
irregularidades e não poderia estar funcionando. Ele enumerou problemas
que deveriam ter impedido o funcionamento da boate, entre eles
superlotação frequente e saída de emergência insuficiente: "Qualquer
criança vê que essa casa não poderia estar funcionando." Segundo o
policial, a fiscalização sobre o empreendimento foi ineficiente e
colaborou para a ocorrência da tragédia. A polícia já descobriu que a
banda usou fogos de artifício proibidos para ambientes fechados, que
custavam R$ 2,50. Os fogos próprios para uso em boates custam R$ 70. Um
decreto do governo gaúcho determinava que as boates do estado tivessem
duas portas de saída. Bombeiros e prefeitura, que se eximem de culpa,
autorizaram o funcionamento da Kiss sabendo que ela só tinha uma saída.
Como vimos, essa tragédia poderia ter sido evitada. Para isso seria preciso que os "homens" tivessem deixado de lado a ganância. Os alvarás fornecidos pela prefeitura e pelo corpo de bombeiros, concerteza eram graciosos, ou seja, foram fornecidos à base de propina. Até quando permitiremos que a corrupção continue matando inocentes??