Pressionada pelos itens administrados pelo governo, como energia elétrica e gasolina, e pelos preços dos alimentos, a inflação fechou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta fixada pelo governo, de 6,5% no ano. O IPCA, índice oficial do país, não era tão alto desde 2002, ano final do governo Fernando Henrique (PSDB), quando atingiu 12,53%. Os preços controlados por governos subiram 18%. São itens como energia (51%), gasolina (20%) e ônibus (15%), que haviam sido represados em 2014, ano de eleição. Alimentos e bebidas também tiveram forte reajuste (12%). O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, publicou carta com explicações sobre o não cumprimento da meta. Para analistas, a inflação deve continuar a subir em 2016, com intensidade menor, mas com novo estouro do teto.
Folha de S. Paulo