Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves
A troca de mensagens interceptada pela PF e publicada pelos jornais nacionais, dando conta da relação nada amistosa entre o já condenado ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, e o ministro do turismo, Henrique Alves (PMDB), também jogou nuvem nebulosa sobre TCE-RN e um dos seus membros mencionados no papo.
Em duas mensagens de 2013, época em que Henrique Eduardo Alves era presidente da Câmara, ele cita possível lobby junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) e ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte (TCE/RN).
“Em 22/6/2013, Henrique Alves envia mensagem para Léo Pinheiro, dizendo que poderia marcar com o presidente do Tribunal de Contas, irmão de Garibaldi [Alves, senador pelo PMDB-RN], para discutir algum problema envolvendo a OAS”, escreveu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Tenho sim. E resolvo. Sou como vc! Charles poderia me procurar seg cedo em casa? Já marcaria com Pres TC, irmão do Garibaldi. Discutiríamos problema”, enviou Alves a Léo Pinheiro.
O “encontro” ocorreu? Qual era o “problema”? E ele foi “resolvido”?
É importante que se diga que não há nenhuma irregularidade comprovada, mas muitas dúvidas ficaram e o Tribunal de Contas do Estado foi exposto no caso de maneira muito grave. Diante da situação, não é possível que o Tribunal deixe o assunto morrer por si só. No site e nas redes sociais do TCE-RN e até o presente momento nenhuma nota foi divulgada.
Além disso há uma investigação em curso no TCE-RN sobre o contrato do Estado com a OAS, construtora da Arenas das Dunas. Porém, nenhum resultado concreto foi apresentado.