José Maria Marin, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e sete dirigentes estrangeiros ligados à Fifa foram presos em Zurique (Suíça), no maior escândalo de corrupção da história do futebol. Eles são investigados nos EUA por supostos crimes de corrupção envolvendo cerca US$ 150 milhões, principalmente na negociação de direitos comerciais de competições. Bancos norte-americanos eram utilizados na transferência de dinheiro. Segundo autoridades dos EUA, Marin recebia montantes anuais para privilegiar as empresas de marketing esportivo Traffic e Klefer. Outros brasileiros citados na investigação são J. Hawilla, dono da Traffic, e José Lazaro Margulies, intermediador de contratos com emissoras de televisão. Todos os detidos na Suíça foram banidos provisoriamente do futebol e estão sujeitos à extradição para os EUA, para julgamento. Se condenados, podem pegar até 20 anos de cadeia. Joseph Blatter, presidente da Fifa e candidato à reeleição no pleito desta sexta (29), disse ser “um momento difícil para o futebol”. A presidente Dilma defendeu a investigação: “Permitirá maior profissionalização do futebol”.
Folha de S. Paulo