O governo federal decidiu reformular o Fies, maior programa de financiamento estudantil do país, que tem sido alvo de críticas de faculdades privadas e alunos. Haverá um sistema unificado on-line que mostrará o número máximo de financiamentos para cada curso de cada instituição. Hoje essas informações não são públicas. A medida deve vigorar no segundo semestre. O Ministério da Educação definiu que a oferta de vagas considerará, primeiro, a verba disponível para os créditos. Em seguida, adotará critérios de qualidade (a nota do curso) e proporcionalidade (interesse pelo curso). O Fies foi reformulado em 2010, com juros menores. Os beneficiados passaram de 76 mil em 2010 para 1, 9 milhão em 2014 e o custo, de R$ 1 bilhão para R$ 14 bilhões. Só que, em crise orçamentária, o governo endureceu regras para conceder o crédito e conter gastos. Assim, estudantes não têm conseguido se inscrever ou renovar o Fies. A criação de um teto para o reajuste de mensalidades, por exemplo, tem dificultado as matrículas. O aluno que adere ao Fies tem a mensalidade paga pela União, restituindo o valor após se formar.
Folha de S. Paulo