Nas primeiras acusações formais contra executivos investigados na Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras, o Ministério Público Federal denunciou criminalmente 36 pessoas — 24 relacionadas a seis empreiteiras. Entre os citados, estão os presidentes José Aldemário Pinheiro Filho (OAS), Dalton Avancini (Camargo Corrêa), Ricardo Pessoa (UTC) e Dario Galváo Filho (Galvão Engenharia) e os vices Sérgio Mendes (Mendes Júnior) e Gerson Almada (Engevix). Todos poderão responder na Justiça por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Delatores no escândalo, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef também Foram denunciados. A Procuradoria entende que os crimes geraram danos à Petrobras de quase RS 1 bilhão e pede que os acusados sejam condenados a ressarcir a quantia à estatal. O juiz federal Sergio Moro decidirá se será aberta ação penal contra os envolvidos. "Essas pessoas roubaram o orgulho dos brasileiros", disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A Camargo Corrêa espera julgamento "justo". Representantes das outras empresas não se pronunciaram ou não foram localizados.
Folha de S. Paulo