Há mais de um ano, moradores de Almino Afonso-RN e usuários da Avenida Anfrízio Belo convivem com um problema que já ultrapassou o limite do razoável. Ou seja, uma vala aberta (fotos) - que na prática funciona como um esgoto a céu aberto - que corta a via e vem causando prejuízos e riscos de acidente diários para quem passa pelo local.
A avenida é uma das mais movimentadas do município. Além de ser o principal acesso ao Bairro Francisco Godeiro Carlos (Açude), o mais populoso da cidade, também liga a sede a diversas comunidades rurais. Isso faz com que centenas de pessoas, diariamente, se deparem com a cena de abandono.
O problema atinge todos os tipos de transporte. Motoristas de carro, moto e bicicleta relatam danos frequentes, especialmente na suspensão dos veículos, com quebra de amortecedores e custos elevados de manutenção. “Só quem mora aqui e passa por essa avenida todos os dias sabe o tamanho do descaso. A gente paga imposto e ainda tem que gastar dinheiro consertando suspensão, amortecedor e outras peças do veículo por causa desse esgoto”, afirmou um morador.
Diante do silêncio prolongado do Executivo, parte da população já cogita acionar a Justiça. Um cidadão que utiliza a via várias vezes ao dia afirmou que estuda procurar o Ministério Público como forma de uma solução imediata.
A situação já foi levada à Câmara Municipal. O vereador Júnior de Mourão denunciou a irregularidade e cobrou providências, mas, mesmo após a exposição pública do tema, o problema persiste e a prefeita não deu retorno.
Além de danos materiais e transtornos, a vala exposta representa risco sanitário, já que funciona como canal de esgoto, e risco de acidente, sobretudo à noite e em períodos chuvosos. Vias urbanas com desníveis e fluxo constante de veículos são potenciais pontos de colisão e quedas.
A paciência se esgotou. Moradores cobram que a Prefeitura trate o problema como emergência e execute de imediato uma obra de drenagem ou canalização, impedindo que o esgoto continue correndo a céu aberto.
Enquanto a gestão municipal mantém o silêncio, o povo vive o impacto diário. Some-se a isso o fato de ser uma obra de baixa complexidade, com solução técnica viável e custo relativamente baixo para os cofres públicos.
Se a prefeitura tem recursos, por exemplo, para eventos festivos, por que não tem para resolver um problema básico de saneamento e mobilidade? Essa é a pergunta que ecoa entre moradores e usuários da Avenida Anfrízio Belo.
