Na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada na última sexta-feira (14/11/2025), os vereadores Waguinho e Júnior de Mourão voltaram a expor problemas críticos enfrentados pela população de Almino Afonso-RN - problemas que, apesar de antigos, continuam sem solução por parte da prefeita.
O vereador Waguinho iniciou seu pronunciamento relatando reclamações de moradores da rua vereador Fausto Carlos - rua lateral do CEO (Centro Especializado de Odontologia) -, no bairro Maroca Carlos (IPE), e da rua Bonifácio Lopes, no centro da cidade, nas proximidades da residência de Chico Negro, via que dá acesso aos cemitérios. Segundo o parlamentar, o lamaçal formado pelo transbordamento de esgotos a céu aberto ali existentes tem causado transtornos insuportáveis aos moradores e às pessoas que trafegam diariamente pelos trechos.
Além do odor forte e constante, a situação se agrava quando veículos passam, lançando lama e dejetos sobre quem circula pelas ruas. Para Waguinho, trata-se de um problema de saúde pública, que exige ação imediata da gestão municipal. O vereador apelou para que a prefeita tome providências urgentes e resolva o que chamou de “situação humilhante para a população”.
Outro ponto levantado por Waguinho foi a recorrente falta de transporte escolar para estudantes residentes no sítio Coroatá. Mães relataram que a justificativa apresentada é sempre a mesma, ou seja: veículos “no prego”, muitas vezes por problemas simples, como pneus furados. Com isso, pais e responsáveis têm sido obrigados a abandonar seus afazeres para conduzir os filhos até a escola, prejudicando a rotina familiar.
Durante sua fala, o vereador também informou que procurou o Ministério Público para solicitar o retorno do pagamento de aluguéis sociais às famílias que não podem arcar com essa despesa. Cobrou ainda a regularização de benefícios como auxílio funeral e auxílio maternidade, que, segundo ele, possuem recursos repassados por outras esferas de governo, cabendo ao município apenas garantir que cheguem a quem tem direito.
Waguinho também demonstrou preocupação com a situação do campo de futebol municipal, que está em reforma há quatro anos, sem qualquer previsão de entrega. Para ele, a demora é injustificável e desrespeita os desportistas que aguardam a reabertura do espaço. O vereador pediu explicações à prefeita sobre o motivo de tanta demora.
Na mesma sessão, o vereador Júnior de Mourão voltou a exigir a instalação de um poço perfurado no sítio Cajazeiras, cuja obra, embora já iniciada há bastante tempo, permanece sem conclusão. A comunidade sofre com a escassez de água, especialmente agora, em pleno período de seca, e não compreende por que a gestão não resolve o que seria um alívio imediato para dezenas de famílias.
Júnior afirmou ter atendido ao apelo da população local e classificou a demora como “desumana e injustificável”, considerando a urgência da situação.
As manifestações dos vereadores evidenciam a insatisfação crescente do Legislativo e da população com o ritmo lento - ou inexistente - de respostas do Executivo Municipal. Questões básicas como saneamento, transporte escolar, assistência social, abastecimento de água e infraestrutura esportiva seguem pendentes, mesmo quando envolvem saúde pública e direitos essenciais.
Enquanto isso, a população continua sofrendo com problemas que poderiam ser evitados com planejamento, compromisso e responsabilidade administrativa.