quarta-feira, 8 de outubro de 2025

População de Almino Afonso-RN reclama da qualidade da água do Açude Público Lauro Maia





O açude público Lauro Maia, principal e único reservatório que abastece parte da zona rural e a cidade de Almino Afonso-RN, está chamando a atenção da população. Com o volume de água cada vez mais baixo devido à falta de chuvas, o açude apresenta uma mudança visível na coloração da água, que passou a ficar esverdeada (fotos) e com cheiro forte, o que tem gerado grande preocupação entre os moradores.

Mesmo com a alteração na qualidade da água, a CAERN continua utilizando o manancial para o abastecimento das residências da cidade. A situação tem provocado reclamações de consumidores, que relatam o odor desagradável principalmente no momento em que abrem as torneiras.

Além do desconforto, há também preocupações com possíveis riscos à saúde. Alguns pais de crianças afirmam estar desconfiados de que manchas e irritações na pele possam estar sendo causadas pela água atualmente distribuída.

De acordo com especialistas, a coloração esverdeada da água pode ser resultado da proliferação de algas microscópicas, fenômeno conhecido como floração algal, geralmente provocado pelo baixo nível de água, o calor intenso e o acúmulo de matéria orgânica. Essa condição pode alterar o cheiro, o sabor e até a segurança da água para consumo humano, especialmente se houver presença de cianobactérias tóxicas.
 
A comunidade de Almino Afonso-RN aguarda providências, pois, diante do baixo volume do Açude Público Lauro Maia, a preocupação com a saúde pública se soma à incerteza sobre o abastecimento.
 
Moradores e lideranças locais lembram que existe um trecho da adutora que liga o município de Assú-RN a Patu-RN e Almino Afonso-RN, que poderia ser reativado para garantir o abastecimento da zona urbana e parte da zona rural do município.

A reativação desse sistema seria uma solução viável para reduzir a dependência do Açude Lauro Maia e garantir água de qualidade à população.
 
“A água está com um cheiro muito forte, parece água de esgoto. Quando a gente abre a torneira, o cheiro toma conta da casa. Tenho filhos pequenos e fico com medo de deixá-los usar essa água até para o banho”, disse uma consumidora.  

Outros moradores também relataram situações parecidas e cobram uma resposta rápida da CAERN e providências das autoridades municipais e estaduais, inclusive sobre a possibilidade de reativar a adutora que já possui uma estrutura pronta.