Almino Álvares Affonso
Inicialmente conhecido como Caieira, em função dos depósitos calcários
existentes na região, o povoado se desenvolve a partir da feira livre
(a Feira da Caieira), frequentada por moradores das localidades
vizinhas.
O atual núcleo habitacional se forma em torno de uma capela,
construída por Francisca Nunes Amorim e Agostinho Fonseca, habitantes da
região.
1953
2013
Em 1918, em homenagem ao
abolicionista e político potiguar nascido no local, Almino Affonso, o
povoado muda de nome. Em 31 de dezembro de 1938,
torna-se distrito em função do Decreto Estadual nº 603. É elevado à
condição de município com a edição da Lei Estadual nº 912, de 24 de
novembro de 1953, tendo sido desmembrado de Patu. A Lei foi sancionada
pelo então governador do Estado Sílvio Piza Pedrosa.
Bandeira do município de Almino Afonso
Sua área territorial é de 128 km². A sede do município está a 6° 09’ 08” de latitude sul e 37° 45’ 58” de
longitude oeste. A altitude é de 236 m acima do nível do mar e a
distância rodoviária até a capital do Estado do Rio Grande do Norte é de 339 km.
1953
2013
Foi de autoria do deputado estadual
Antônio Soares Filho o projeto de lei que desmembrou o distrito de
Almino Afonso/RN, do município de Patu/RN.
1953
2013
1953
2013
1953
2013
Em sua segunda página,
do dia 16 de dezembro de 1953 – 22 dias depois da emancipação política do
município de Almino Afonso/RN -, o jornal “O Mossoroense, a pedido da senhora Dina Lemos Soares,
publicou uma carta dirigida ao povo de Almino Afonso-RN, onde consta o seguinte
conteúdo:
A pedido
AO POVO DE ALMINO
AFONSO
Da Sra. Dina Lemos Soares de Araújo, distinta esposa do Dr. Gil Soares,
ex-deputado federal, recebemos, com
pedido de publicação, a seguinte mensagem,
sob o título acima:
No interior do Brasil, nenhum movimento inspira, hoje, mais
simpatia do que o esforço e a perseverança com que muitas pessoas, de todas as
classes, procuram elevar a Município o distrito administrativo em que vivem e
trabalham.
Há vinte anos participo de todas as campanhas contra as
forças conservadoras da política do nosso Estado. Basta isso para explicar a
justa alegria com que vejo surgirem 18 municípios no Rio Grande do Norte, numa
admirável iniciativa em prol do progresso da terra e do bem-estar do povo.
Pelas colunas de “O Mossoroense”, brilhante órgão de
imprensa potiguar, dirijo-me, neste instante, especialmente aos valorosos
correligionários de ALMINO AFONSO, ao lado dos quais tantas vezes tenho lutado
e, ainda, o fiz em favor da autonomia conseguida; dirijo-me também aos bravos e
generosos descendentes dos meus antepassados, que ali vivem; e aos militantes
de outros partidos que, numa alta compreensão cívica, colaboraram na criação do
Município:
Todos vós – que enfrentastes interesses estabelecidos, à
incrível mentalidade de velhos chefes locais e tudo quanto de retrógrado surgiu
no vosso caminho – todos vós, repito, fostes dignos da memória do inolvidável
paladino da República nascido nesse florescente rincão que tem o seu próprio
nome.
Elevemos, neste momento, uma prece por DIX-SEPT ROSADO, o
político tão progressista, que, naquela radiosa manhã de 1950 e nas vésperas da
inesquecível vitória, já vos anunciava a autonomia, diante da estação
ferroviária, com estas vibrantes palavras: “Povo do futuro Município de Almino
Afonso!”
Agora, para garantia da prosperidade da vossa terra,
escolhei os seus dirigentes entre os capazes e honestos, os que trabalham e
produzem, os cidadãos de espírito RENOVADOR sinceramente voltados para o bem
público.
Ganhastes a primeira batalha!
Sêde felizes!
Rio de Janeiro,
novembro de 1953.
DINA LEMOS SOARES