sexta-feira, 12 de julho de 2013

Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo

  "Educação é a única solução", disse a jovem Malala Yousafzai na ONU
Em seu primeiro discurso público desde que foi baleada pelos talibãs e no dia de seu aniversário de 16 anos, a adolescente paquistanesa Malala Yousafzai (foto) disse na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta sexta-feira, que não será silenciada por ameaças terroristas. Malala, que virou um símbolo da luta pelos direitos da educação de meninas no Paquistão, também fez um apelo por educação gratuita e obrigatória para todas as crianças do mundo.

"Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas eles falharam", disse Malala na Assembleia de Jovens da ONU em seu aniversário de 16 anos, em um discurso no qual pediu mais esforços globais para permitir que as crianças tenham acesso a escolas.

"Os terroristas pensaram que eles mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na vida, com exceção disto: fraqueza, medo e falta de esperança morreram. Força, coragem e fervor nasceram", completou, em um discurso muito aplaudido.  

Usando um véu rosa, Malala disse aos cerca de 1.000 estudantes do mundo inteiro que participavam da Assembleia em Nova York que a educação é a única forma de melhorar condições de vida. "Vamos pegar nossos livros e canetas, eles são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução", disse a jovem.

A jovem defensora da educação para meninas foi atingida na cabeça por um tiro de talibãs enquanto seguia para a escola, em um ônibus, perto de sua casa no Vale do Swat no dia 12 de outubro de 2012. Ela recebeu tratamento médico na Grã-Bretanha, onde mora atualmente. O ataque chamou a atenção do mundo para a campanha de Malala a favor de mais oportunidades de estudo para as mulheres.

Um verdadeiro exemplo de vida.