Ninguém se entende nos planos de saúde
O consumidor reclama da falta de cobertura e do preço. Os médicos e hospitais não estão satisfeitos com os valores pagos pelas consultas. E as operadoras argumentam que os altos custos dos procedimentos inviabilizam melhor remuneração. Nem especialistas conseguem apontar soluções para pôr fim aos conflitos de um mercado que movimenta R$ 82,4 bilhões ao ano e atende 48,6 milhões de pessoas no país. Muitas vezes só resta ao usuário levar a briga à Justiça.
Espera por consulta pelo SUS dura quase um ano
A fila para ser atendido no posto de saúde é só o começo da via-crúcis de quem depende do serviço público. Até marcar consulta, retorno ao especialista, exame ou cirurgia, há uma longa espera que pode levar oito meses caso a busca seja por um cardiologista em Belo Horizonte. Se houver indicação para fazer ultrassom, são quatro meses de demora. Na corrida contra o relógio, o caminho cruza com o de quem paga plano de saúde e, antes de ver o médico, o paciente acaba procurando um advogado.