quarta-feira, 16 de abril de 2014

A compra da refinaria de Pasadena não foi um bom negócio

 

Em quase seis horas de audiência no Senado, a presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu o que o antecessor, Sérgio Gabrielli, nunca reconheceu até hoje: a compra da refinaria de Pasadena não foi um bom negócio. Em 2006, disse ela, poderia até parecer vantajoso. Hoje, não mais. “Isso é inquestionável do ponto de vista contábil”, afirmou. Constrangida, ela disse que a prisão pela PF de Paulo Roberto Costa causa desconforto na empresa. Ex-diretor da estatal, ele é suspeito de atuar em parceria com o doleiro Alberto Youssef no superfaturamento de contratos da empresa e em esquema de distribuição de propina a políticos aliados do governo. Para a oposição, as declarações de Foster reforçam a necessidade de uma CPI exclusiva para investigar irregularidades na Petrobras. Governistas se opõem.