Em quase seis horas de audiência no Senado,
a presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu o que o antecessor,
Sérgio Gabrielli, nunca reconheceu até hoje: a compra da refinaria de
Pasadena não foi um bom negócio. Em 2006, disse ela, poderia até parecer
vantajoso. Hoje, não mais. “Isso é inquestionável do ponto de vista
contábil”, afirmou. Constrangida, ela disse que a prisão pela PF de
Paulo Roberto Costa causa desconforto na empresa. Ex-diretor da estatal,
ele é suspeito de atuar em parceria com o doleiro Alberto Youssef no
superfaturamento de contratos da empresa e em esquema de distribuição de
propina a políticos aliados do governo. Para a oposição, as declarações
de Foster reforçam a necessidade de uma CPI exclusiva para investigar
irregularidades na Petrobras. Governistas se opõem.