quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

"Presença do Estado no Brasil"

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgado ontem, a “Presença do Estado no Brasil” é desigual no Norte e Nordeste em relação ao Sul e o Sudeste. Os desequilíbrios regionais se fazem presentes, principalmente nas áreas da Saúde e Educação. Os números do Ipea apontam que as duas regiões menos favorecidas têm menos profissionais de saúde qualificados e menos médicos por mil habitantes que a média brasileira, que é de 3,1. “No Norte, esse número é de 1,9 e no Nordeste, de 2,4, enquanto o Sul e o Sudeste têm igualmente 3,7 médicos por mil habitantes”, revela a pesquisa. Para o leitor ter uma ideia da desigualdade: o Maranhão tem 1,3 médico que atende ao SUS por mil habitantes e o Rio Grande do Sul tem 4,1. Na Educação, os Estados do Norte e Nordeste sofrem com a ausência de políticas públicas sérias para reconstruir a rede de ensino. A pesquisa do Ipea mostra que enquanto no Norte 51% dos professores de ensino fundamental têm formação superior, no Sul esse percentual é de 82%. Essa diferença absurda – e odiosa – desafia a proposta de universalização no ensino médio. As desigualdades regionais seguem em todas as áreas, como segurança, trabalho, assistência social e cultura. Nesse último item, a ausência de Estado é flagrante: pouco mais de 20% das cidades têm salas de teatro e apenas 23% têm museus.